Imagem: Arquivo Infraero

O ano de 2011 teve o lado positivo do crescimento da procura a nível mundial em 5,9%, mas também o lado negativo de a capacidade ter crescido mais, em 6,3%, levando a queda da ocupação média dos voos, que os dados da IATA mostram ter sido generalizada.

A IATA indica que em 2011 a taxa média de ocupação dos voos foi de 78,1%, quando em 2010 tinha sido de 78,3%, e os dados mostram que só as companhias da América Latina conseguiram ter crescimento do tráfego (+11,3%) acima do que aumentaram a capacidade (+9,8%), atingindo uma taxa média de ocupação de 74,6%.

A maior diferença entre aumento de capacidade e crescimento do tráfego ocorreu nas companhias de África (+2,2% versus +0,5%), que ficaram em 67,6%, seguindo-se as da Ásia Pacífico (+6% versus +5,4%), que ficaram em 76,8%, e, depois, as da Europa (+9,6% versus +9,1%), que ficaram em 78%, e as do Médio Oriente (+9,1% versus +8,6%), que ficaram em 75,5%.

As companhias norte-americanas, que são normalmente as “campeãs” em taxa de ocupação, tiveram uma queda muito ligeira, para 82,1%, uma vez que o aumento da oferta (+2,3%) foi superior apenas pela margem mínima ao aumento da procura (+2,2%).

Ao comentar os dados de tráfego, o diretor-geral e CEO da IATA, Tony Tyler, comentou que “são boas notícias” haver uma “cautelosa melhoria da confiança nos negócios”, mas ainda assim prognosticou que 2012 vai ser “um ano difícil”.

“A crise na Zona Euro está longe de ter acabado”, afirmou, sublinhando que a incapacidade para se encontrar uma solução duradoura terá “consequências extremas para as economias em todo o mundo” e que para o setor aéreo “quase certamente” será entrar em prejuízo.

“Vamos esperar que 2012 será o ano em que os políticos ponham o necessário capital político em projetos importantes como o Céu Único Europeu ou o NextGen dos EUA”, foi a nota deixada por Tony Tyler, que antes repetiu as críticas da IATA aos entraves à eficiência que as companhias aéreas têm que enfrentar.

O setor aéreo transporta anualmente três mil milhões de passageiros, bem como um terço do valor dos bens transaccionados internacionalmente viaja de avião, destacou Tony Tyler, para reclamar dos Governos uma “visão estratégica” que reconheça a aviação como “uma catalisador do crescimento económico”.

Autor: PressTur

Fuente: www.presstur.com