A Gol negocia com empresas de arrendamento aviões que eram da Varig. A informação foi confirmada pelo vice-presidente de marketing e serviços da Gol, Tarcísio Gargioni. O executivo não detalhou quantos jatos poderão ficar com a empresa. Independentemente destes jatos, a companhia já tem onze aviões encomendados que entrarão para a frota até dezembro, elevando para 62 o total da frota – 20 acima dos 42 do fim de 2005.

Ao ser questionado sobre o assunto, Gargioni limitou-se a confirmar a existência das negociações e que se tratavam de Boeings 737. Uma fonte do setor, porém, indicou que a ILFC está negociando dois 737-700, que já estariam numa oficina da TACA, em Costa Rica, para reconfiguração, e outros dois 737-800 da empresa GATX, já reservados para a Gol. Além desses, haveria a perspectiva de acordo para alguns Boeings 737-300.

Uma outra fonte explica que o preço do aluguel seria diferente, já que a Varig estaria pagando um pouco acima do mercado, porque era vista como uma empresa com risco financeiro maior. Sobre essa questão, o executivo da Gol também não forneceu detalhes, mas explicou que “uma empresa de baixo custo tem de negociar bem tudo o que compra, de um alfinete a um avião”. Os onze jatos que fazem parte de encomendas anteriores serão Boeings 737-800, com 187 lugares.

O executivo informou que a Gol fechou o mês de julho com uma taxa de ocupação de 84,3%, patamar considerado elevado no setor. Em julho do ano passado, a empresa havia registrado 79% de ocupação. Apesar da forte demanda, o executivo garante que a companhia não aumentou tarifas. “Essas percepções (de que os preços subiram) não são verdadeiras”, disse.

O assunto veio à tona no mês passado, junto com as grandes filas de passageiros nos aeroportos e as dificuldades de conseguir lugar em alguns vôos e horários. Na sexta-feira, circularam informações de que o governo estaria disposto a fazer uma reunião interna para discutir o assunto.

Gargioni diz que não foi reduzida a quantidade de assentos com tarifas mais baixas no período. O que ocorreu, diz, é que as passagens para julho, mês de férias, são compradas com antecedência, geralmente com preços mais baixos. Para as compras feitas de última hora acabaram restando apenas os lugares com tarifas mais altas.

FONTE: Agência Estado – Nilson Brandão Júnior – São Paulo/SP

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