O sucesso dos vôos noturnos da Gol, iniciados em dezembro e aprovados em caráter definitivo nesta terça-feira, despertou as principais empresas aéreas brasileiras, Varig e TAM, para um mercado que vem enchendo os aviões da concorrente.

A partir do dia 15 de março, as duas companhias passam também a voar em horários não habituais de olho no caminho aberto pela Gol. A autorização do Departamento de Aviação Civil (DAC) foi divulgada nesta terça-feira.

No início, segundo as duas empresas, apenas duas linhas terão opção de vôos noturnos e mais baratos. No caso da Varig, Porto Alegre/Rio/Recife/Fortaleza e Rio (partindo do Santos Dumont)/Salvador/Natal. Na TAM, serão feitas as linhas de Porto Alegre/São Paulo (Guarulhos)/Recife e Curitiba/São Paulo (Guarulhos)/Salvador/Fortaleza.

Operando atualmente em sistema de “code-sharing” em mais de 60 por cento dos vôos –depois de ter ensaiado uma fusão que não se concretizou–, as duas companhias não podem operar juntas essas linhas, segundo as assessorias, antes de pedir autorização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

As rotas são parecidas com as feitas pela Gol desde dezembro, e que superaram as expectativas da companhia ao atingirem ocupação dos aviões de 95 por cento, contra os 70 por cento anteriormente projetados.

“Devido ao grande sucesso da operação, a companhia entrou com um pedido para operar em caráter definitivo”, informou a Gol em comunicado, após conseguir a autorização do DAC.

De acordo com o analista de setor aéreo da corretora Pentágono Marcelo Ribeiro a opção por vôos noturnos não acrescenta passageiros ao mercado, mas rouba dos diurnos. Por este motivo, a Varig e a TAM tiveram que se render ao novo horário.

“Elas vão entrar para evitar que os seus passageiros diurnos sejam roubados, para dificultar a vida da Gol”, avaliou.

As três empresas prometem tarifas competitivas, que no caso da Gol, tem por parâmetro as tarifas do transporte rodoviário na categoria ônibus executivo.

A Gol foi criada em janeiro de 2001 e em três anos conseguiu se tornar a terceira do mercado. Em janeiro de 2004, a empresa transportou 23,09 por cento dos passageiros no país, enquanto a veterana TAM ficou com 33,87 por cento e a Varig com 29,73 por cento.

FONTE: Reuters – Fernando Valduga – Porto Alegre/RS

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