O Grupo Emirates anunciou hoje que teve lucro pelo 24.º ano consecutivo e que a empresa se mantém em crescimento global, apesar da pressão econômica e do alto preço do combustível.

No relatório de resultados do ano fiscal 2011-12 do Grupo Emirates – que inclui Emirates Airline, dnata e subsidiárias -, divulgado hoje, a empresa registrou lucro líquido de US$ 629 milhões, com a dnata alcançando o maior lucro em 52 anos de operação. Apesar dos desafios da economia mundial, a receita do Grupo bateu a marca dos US$ 18,4 bilhões, um aumento de 17,8% em relação ao período anterior. O saldo de caixa também cresceu 9,5% e chegou a US$ 4,8 bilhões.

“Chegar ao 24.º ano consecutivo de lucro e manter a trajetória de crescimento são conquistas que vão de encontro à tendência da indústria”, disse Sua Alteza Sheikh Ahmed bin Saeed Al Maktoum, CEO da Emirates Airline & Group.

“Ao longo do ano fiscal 2011-12, o Grupo investiu cerca de US$ 3,8 bilhões em novos produtos. Esse investimento atraiu novos clientes e aumentou nossa presença internacional. O sucesso dos negócios não é questão de sorte, mas o resultado de um projeto contínuo e calculado. Cada dólar que ganhamos é estrategicamente reinvestido no negócio e é essa visão que tem permitido ao Grupo manter a rentabilidade forte e consistente”, completou Sheikh Ahmed.

Apesar das dificuldades do ambiente operacional, o Grupo continuou a investir na expansão de sua base de funcionários, aumentando o número de trabalhadores em 10%.

Ao longo desse período, a Emirates recebeu 22 aeronaves, mais que em qualquer outro ano. Com a frota maior, a companhia ainda investiu na malha aérea, adicionando 11 destinos e aumentando a capacidade em 34 cidades, um recorde da indústria.

“Gerenciar taxas de câmbio voláteis e a mais alta conta de combustível da nossa história exigiu uma tenacidade imensa. Manter o crescimento e a lucratividade em tempos desafiadores mostra nosso profundo conhecimento dos mercados onde atuamos”, avaliou Sheikh Ahmed.

Ao atingir lucro recorde, a dnata permaneceu fiel à sua estratégia de aquisição, ganhando participação majoritária na agência de viagem online Travel Republic Ttd e 50% na Wings Inflight Services, provedor da África do Sul. É importante destacar que 55% da receita da dnata é derivada de operações internacionais, o que representa crescimento de 17 pontos percentuais sobre o ano passado.

No ano fiscal 2011-12, a conta do combustível foi de US$ 6,6 bilhões, um aumento de 44,4% em relação ao período anterior. Com o crescimento de 24% dos custos de operação comparado ao de 16,2% da receita, a Emirates suportou o peso do valor do combustível por um ano, antes de introduzir em todos os bilhetes uma sobretaxa.

Além do alto custo do petróleo, a Emirates enfrentou nesse ano a instabilidade política no Oriente Médio e no Norte da África, que afetou suas rotas. Ao apertar o foco nas operações e modificar a capacidade e os horários dos voos, a companhia conseguiu manter a rentabilidade.

“Nos últimos cinco anos, a capacidade da empresa, medida em assentos disponíveis por quilômetro, cresceu 100%, criando rotas comerciais e novos fluxos de passageiros. Por ter sido a primeira a capitalizar tais oportunidades, a Emirates ganhou uma vantagem competitiva que pretende manter”, afirmou Sheikh Ahmed.

Destacando a sólida situação financeira, a Emirates lançou em junho do ano passado o título de US$ 1 bilhão, que foi muito bem recebido por investidores globais, embora muitos parceiros tenham sofrido com a crise na Zona do Euro, o que demonstra a confiança no modelo de negócio da empresa. Além disso, a Emirates reembolsou um título de 250 milhões de dólares de Cingapura, que foi lançado na Bolsa de Valores de Cingapura em 2006 e venceu em junho de 2011.

“Entramos no novo ano fiscal com um otimismo cauteloso, com o objetivo de enfrentar o clima econômico difícil com uma visão clara para nosso sucesso continuado. Entendemos que para evoluir nessa indústria é preciso determinação e estamos no caminho para sermos os melhores”, disse Sheikh Ahmed. “Buscamos sempre a perfeição, o que eleva as expectativas dos clientes. Com a ajuda de nossa multicultural força de trabalho de 63 mil pessoas, não temos dúvida de que os próximos anos serão mais rentáveis”, completou.

A receita da Emirates foi de US$ 17 bilhões, 14,9% acima da obtida no ano fiscal 2010-11. Apesar do crescimento recorde, o custo sufocante do combustível impactou no lucro da companhia aérea: US$ 409 milhões, 72,1% inferior ao do ano anterior.

Transportando 34 milhões de passageiros, um crescimento de 8%, a Emirates alcançou taxa de ocupação de 80%, mantendo os níveis do último período. O aumento da capacidade de assentos disponíveis por quilômetro em 9,8% mostra o forte desejo dos clientes de voar Emirates.

A receita gerada pelas seis regiões onde a companhia atua continua bem balanceada, com nenhuma delas contribuindo com mais de 30% do total. Extremo Oriente e Oceania é a que mais contribui, com US$ 5 bilhões, 17,6% a mais que em 2010-11. A Europa cresceu 18,2% para US$ 4,6 bilhões e as Américas, 21,3% para US$ 1,8 bilhão, resultados que refletem o lançamento de rotas e o aumento de frequências nessas áreas.

Nas outras partes do mundo, a Emirates registrou forte crescimento da receita: 10,6% no Oeste da Ásia e Oceano Índico (1,9 bilhão); 15,1% no Golfo, Oriente Médio e Irã (1,7 bilhão); e 9,5% na África (US$ 1,7 bilhão).

Em contraste com o ambiente econômico global, a Emirates testemunhou uma tendência de crescimento na taxa de ocupação da classe premium pelo segundo ano – 1,9 ponto percentual acima do de 2010-11. O aumento na taxa de ocupação do A380 foi ainda maior, comprovando a demanda contínua por esse produto.

Fora dos Emirados Árabes Unidos, a Emirates seguiu investindo nos mercados que atende, desempenhando papel central na criação de empregos, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, graças às significativas encomendas de aeronaves. Durante o Dubai Airshow, a empresa anunciou a compra de 50 Boeing 777-300ER e outros 20 em opções no valor de US$ 26 bilhões. Esse recente pedido mais a encomenda de motores GE90 devem gerar 100 mil postos de trabalho nos Estados Unidos, injetando bilhões na economia local.

Com a encomenda de mais 232 aviões, no valor de US$ 84 bilhões, combinada com o aumento no tráfego de passageiros ao redor do mundo, a Emirates vai continuar a impulsionar o crescimento econômico nos países onde opera.

Avançando com seu plano de expansão, a Emirates recebeu o recorde de 22 aeronaves durante o ano fiscal: 14 Boeing 777-300ERs; dois Boeing 777Fs e seis A380s. Com a frota maior, a companhia lançou 11 rotas, com foco principalmente nas Américas, incluindo Rio de Janeiro, Buenos Aires, Seattle e Dallas-Fort Worth – todas inauguradas entre janeiro e março de 2012.

Além dos novos destinos, a empresa adicionou capacidade em 34 cidades, entre elas, Manchester, Hamburgo, Frankfurt, Hong Kong, Khartoum, Lahore e Tunis. Neste ano fiscal 2012-13, a Emirates já anunciou quatro rotas: Ho Chi Minh, Barcelona, Lisboa e Washington D.C.

Os destinos que receberam o A380 em 2011-12 foram Munique, Roma, Xangai, Kuala Lumpur e Johanesburgo, elevando para 17 o número de cidades onde o superjumbo opera. Neste ano fiscal, três rotas passarão a utilizar o A380: Melbourne, Tóquio e Amsterdã. Vinte dessas aeronaves já estão equipadas com Wi-Fi a bordo.

Para melhorar a comunicação a bordo, a Emirates instalou na frota de A330, A340 e em 50 Boeing 777s o serviço AeroMobile, que permite aos passageiros fazer ligações durante o voo.

Seguindo a preocupação de bem atender a seus clientes, a empresa ainda abriu quatro lounges durante o ano, nos aeroportos de São Francisco, Istambul, Colombo e mais um em Dubai, elevando o número total de lounges para 32.

Globalmente, a Emirates estendeu o elogiado serviço de chauffeur-drive para várias cidades, incluindo Chennai e Bangkok, e melhorou o de Dubai ao oferecer 46 Mercedes E200 para os passageiros da primeira classe.

Ao contrário da tendência do setor, o ano fiscal 2011-12 foi forte para a Emirates SkyCargo, com receita de US$ 2,6 bilhões, 8,4% acima à do período anterior. Enquanto toda a indústria de transporte aéreo de carga relata queda, a SkyCargo aumentou em 1,7% o número de toneladas transportadas: 1,8 milhão.

Contribuindo com 16,2% do total da receita da Emirates, a SkyCargo continua a ter papel integral nos planos de expansão da companhia. A frota de cargueiros fechou o ano com oito aeronaves – duas delas em leasing.

A divisão Destination & Leisure Management (D&LM) registrou receita de US$ 66,8 milhões, um aumento de 8,4% sobre o período anterior.

O ano fiscal 2011-12 foi o mais exitoso em 52 anos de operação da dnata. Com crescimento de 58,9%, a receita da empresa chegou a US$ 1,9 bilhão. E o lucro foi recorde: US$ 220 milhões.

Durante o ano, o custo de operação da dnata aumentou 58,9% para US$ 1,7 bilhão, desencadeado principalmente pela integração do Alpha Group. Pela primeira vez, o maior fluxo de receita da dnata veio do catering, responsável por US$ 668 milhões do total, graças à inclusão total do Alpha Flight Group, que distribuiu 48 milhões de refeições a bordo.

A receita pelas operações aeroportuárias cresceu 17,2%, alcançando US$ 632 milhões – a segunda maior do setor -, devido ao aumento do volume da operação nos aeroportos de Dubai e Cingapura. A divisão de cargas da dnata também elevou a receita – de 12,6% para US$ 271 milhões – e o volume de carga em 3,3%.

Complementando seu crescimento e expansão, a dnata passou por uma atualização da marca global, incorporando os diferentes negócios sob o mesmo guarda-chuva. Com presença em 39 países, a mensagem única da empresa foi totalmente abraçada por 20 mil funcionários.

Em 31 de março de 2012, O Grupo Emirates e suas empresas subsidiárias empregavam 63 mil pessoas de 160 nacionalidades.

Para ter acesso ao relatório completo de resultados do ano fiscal 2011-12, visite: www.theemiratesgroup.com/annualresults