Durante a Intermodal, na semana passada, Ram Menen, Vice Presidente Senior da divisão de Cargas da Emirates concedeu uma rápida entrevista ao Portal Aviação Brasil, confira:

Aviação Brasi: O que a Emirates SkyCargo espera do Mercado brasileiro?

Ram Menen: A adição de uma terceira frequência semanal para nosso serviço cargueiro no aeroporto de Viracopos (Campinas), bem como a adição da capacidade disponível com o voo  que liga Buenos Aires e Rio de Janeiro ao nosso hub em Dubai são evidências claras de que o Brasil está se tornando um importante mercado potencial para a Emirates SkyCargo. O país tem uma economia forte e crescente, é o Mercado líder da América do Sul e nossa maior porta de entrada para o continente. Desde que começamos a operar aqui o mercado aéreo entre o Brasil e os Emirados Árabes Unidos cresceu mais de 300%. Ano passado transportamos 25 mil toneladas de carga entre a América do Sul e pontos diversos na nossa malha global de mais de 120 destinos.

AB: Há planos para a expansão das operações para o Norte e Nordeste do Brasil?

RM: A Emirates está continuamente buscando novos mercados e a América do Sul é uma área onde vemos potencial para expandir. Nós temos mais de 170 aeronaves em operação e mais de 230 encomendadas, logo, estamos obviamente procurando aumentar nossa malha. Além dos serviços diários de voo de passageiros na rota do Rio de Janeiro e Buenos Aires para Dubai e três frequências semanais (Cargueiras) a partir de Viracopos, a Emirates SkyCargo utiliza capacidade de carga de porão no voo diário a partir de São Paulo. Atualmente a Emirates SkyCargo conecta a América do Sul a 19 pontos no Extremo Oriente e Australásia, e a outros 22 na África, onde há também um potencial enorme.

AB: Com voos para Viracopos, Guarulhos e Galeão, quanto o Brasil representa no portfolio da Emirates SkyCargo, e qual a expectativa de crescimento?

RM: Além dos 3 pontos no Brasil, nós operamos em outros 120 destinos, 11 dos quais tem exclusivamente operações de cargas. Nesse contexto Brasil não contribui tanto no nosso negócio quanto outros países. No entanto, nós vemos o Brasil se tornar cada vez mais importante e com expectativas de crescimento superior a 20% esperada para o próximo ano, nós procuramos facilitar mais e mais as oportunidades nos mercados internacionais para os negócios brasileiros.

AB: O Brasil vai receber mais empresas do Oriente Médio nos próximos anos, como a Etihad. Nos já temos também a Qatar Airways. Há espaço suficiente para todos?

RM: A Emirates SkyCargo prosperou operando debaixo da política de Céus Abertos no nosso hub e Dubai onde competimos com muitas outras empresas regulares. O aumento no nível de competição na América do Sul só pode ter um efeito positivo na economia brasileira, estimulando mais o mercado internacional e, subsequentemente, mais negócios para operadores de carga aérea.