O governo da Itália não prevê a privatização total da companhia aérea Alitalia dentro dos novos planos de reestruturação da empresa, afirmou o primeiro-ministro Silvio Berlusconi nesta quarta-feira.

Ainda assim, Berlusconi confirmou que o governo – que possui 62% da Alitalia – está analisando a possibilidade de vender partes da companhia para investidores privados.

A diretoria da Alitalia pretendia cortar custos demitindo funcionários, mas a proposta encontrou forte oposição dos sindicatos. O governo, contrário às consequências das demissões nas vésperas das eleições européias em junho, elaborou um plano próprio, que deverá ser apresentado em reunião de gabinete na sexta-feira.

“O governo está estudando, entre outras coisas, a possibilidade da entrada de capital privado (na Alitalia)”, disse Berlusconi.

A deficitária companhia aérea está buscando a privatização para se juntar à francesa Air France e à holandesa KLM, que se fundiram recentemente. Analistas consideram a união da empresa italiana às duas rivais como essencial para que a Alitalia sobreviva.

“Alianças internacionais só serão possíveis quando as contas da empresa forem colocadas em ordem”, disse Berlusconi sobre o assunto.

A Air France e a KLM disseram que a Alitalia deve ser privatizada e melhorar sua saúde financeira antes de entrar na empresa combinada.

A companhia aérea italiana espera prejuízo operacional em 2003 de mais de 400 milhões de euros (US$ 500 milhões).

O presidente-executivo da Alitalia, Francesco Mengozzi, havia ameaçado deixar o cargo se seu plano de corte de empregos não fosse apoiado pelo governo.

Berlusconi disse que Mengozzi já está pronto para entregar o posto. O Conselho da Alitalia deve se reunir na quinta-feira.

FONTE: Reuters Investor – Fernando Valduga – Porto Alegre/RS

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