A revista Exame trouxe a seguinte nota ao público na data de ontem.

Segundo quatro fontes ouvidas por EXAME nos últimos dias, David Neeleman, fundador da companhia aérea americana JetBlue, pretende criar uma empresa de aviação no Brasil para competir com a Gol e a TAM. Desde o final do ano passado, o empresário analisou a compra de três companhias brasileiras do setor – nenhum dos acordos vingou, mas as tentativas demonstram o interesse de Neeleman pelo mercado brasileiro. A primeira foi a BRA. Em setembro de 2007, antes da empresa entrar em processo de recuperação judicial, Neeleman se encontrou com Humberto Folegatti, fundador da BRA, mas desistiu do negócio diante das dívidas da companhia. A segunda empresa estudada foi a TAF, que transporta passageiros e carga nas regiões Norte e Nordeste. Neeleman entrou em contato com executivos da empresa em novembro do ano passado, mas nem sequer marcou uma reunião com os controladores. A última tentativa teria acontecido há duas semanas. Um executivo próximo à Neeleman pediu informações para a Vasp, empresa em recuperação judicial.

Procurado por EXAME, Neeleman preferiu não comentar o assunto. De acordo com um executivo familiarizado com a transação, Neeleman já tem disponíveis cerca de 250 milhões de dólares para investir no Brasil. Parte desse dinheiro teria sido levantado com fundos estrangeiros. O plano do empresário é criar uma companhia de baixo custo e baixa tarifa, aos moldes da JetBlue. A frota da nova empresa deve ser formada por aviões da Embraer. A Jet Blue espera receber uma encomenda de 71 aviões e ainda tem direito de compra de outras 100 aeronaves. O modelo escolhido foi o Embraer 190, com 100 lugares, bem menor que os aviões utilizados pela TAM e Gol.

Ex-missionário mórmon, David Neeleman nasceu no Brasil. Por isso, a legislação não o impede de possuir uma companhia aérea no país. Em 1999, ele fundou a JetBlue, em Nova York. Hoje, a companhia tem mais de 500 vôos diários. No ano passado, a JetBlue passou por uma grave crise de imagem depois que o mau tempo nos Estados Unidos fez com que mais de 1700 de seus vôos fossem cancelados. Três meses depois desse episódio, Neeleman deixou a presidência executiva da empresa – exatamente o período em que passou a se interessar pelo Brasil.

FONTE: Exame – Melina Costa – São Paulo/SP

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