A EADS apresentou sólida performance no semestre em mercados crescentes;

Faturamento aumentou para € 19.0 bilhões (€ 16.0 bilhões em 2005) ;

EBIT* cresceu para € 1.6 bilhões (€ 1.5 bilhões em 2005) ;

Airbus espera bater recorde e entregar 430 aeronaves em 2006 ;

Quebra de paradigma no mercado de defesa dos Estados Unidos ;

Nova administração nomeada para enfrentar desafios ;

Previsão para o balanço do ano pode ser afetada por causas isoladas ;

A EADS (Identificador nas bolsas de valores: EAD) anunciou resultados sólidos no primeiro semestre de 2006, apesar das dificuldades associadas com o cronograma de entrega do A380, a apresentação da nova família de aeronaves A350 XWB e a efetivação de mudanças na administração principal do Grupo. De janeiro a junho de 2006 a companhia se beneficiou do desenvolvimento positivo seus mercados em ascensão e aumentou o faturamento de suas Divisões em 18%, para € 19.0 bilhões (resultado no mesmo período em 2005: € 16.0 bilhões) e atingiu EBIT* (lucros antes de juros, impostos e amortizações) de € 1.6 bilhões, o que significa melhora de 6% (resultado no mesmo período em 2005: € 1.5 bilhões).

A estratégia de crescimento do Grupo nos EUA foi apoiada na recente decisão do Exército dos EUA de encomendar um lote de até 322 helicópteros UH-145. Isso significa uma verdadeira quebra de paradigma por ser o primeiro contrato da EADS no mercado de defesa desse país. Graças ao seu histórico comercial exemplar a Airbus espera entregar 430 aeronaves até o final de 2006.

O aumento do faturamento da EADS para € 19.0 bilhões (resultado no mesmo período em 2005: € 16.0 bilhões) foi obtido através de todas as divisões, em particular Airbus, Aeronaves de Transporte Militar e Eurocopter. A contribuição da Airbus resultou principalmente da maior entrega de aeronaves no primeiro semestre, que registrou um novo recorde de 219 unidades (resultado no mesmo período em 2005: 189). O crescimento do faturamento da Divisão Aeronaves de Transporte Militar foi suportado pelo reconhecimento do programa A400M, enquanto a Eurocopter se beneficiou do aquecimento de mercado para aumentar seu volume de vendas. O faturamento combinado dos negócios de defesa da EADS totalizou € 4.1 bilhões (resultado no mesmo período em 2005: € 3.1 bilhões). Tal qual em anos anteriores as contribuições de produtos de topo e base de gama nas áreas de defesa, helicópteros e negócios espaciais são muito mais fortes no segundo semestre do ano.

O aumento do EBIT* em comparação ao mesmo período de 2005 resulta de volumes positivos e crescentes no EBIT* de todas as Divisões. O EBIT* cresceu para € 1.6 bilhões (resultado no mesmo período em 2005: € 1.5 bilhões), apesar da forte variação do dólar norte-americano, que no primeiro semestre de 2006 teve a taxa média de € 1 = US$ 1.08 (resultado no mesmo período em 2005: € 1 = US$ 1.01), dos custos da EADS Sogerma Services, dos custos adicionais relativos à revisão no cronograma de entregas do A380 e do aumento nas despesas de Pesquisa e Desenvolvimento. A margem EBIT* totalizou 8,6% no primeiro semestre de 2006. Os investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento totalizaram € 1,139 milhões (resultado no mesmo período em 2005: € 950 milhões). Este aumento deveu-se principalmente aos custos de desenvolvimento no programa A350. O aumento de 5% no lucro líquido da EADS para € 1,043 milhões (resultado no mesmo período em 2005: € 992 milhões), ou € 1.31 por ação (resultado no mesmo período em 2005: € 1.25), reflete
o EBIT* do Grupo parcialmente afetado por custos financeiros.

O fluxo de caixa líquido, incluindo o financiamento a clientes, ficou em € 319 milhões (resultado no mesmo período em 2005: € 1,581 milhões). A redução comparada ao mesmo período de 2005 deve-se principalmente à diminuição na contribuição de pagamentos pré-entrega e foi parcialmente afetada por um efeito positivo no financiamento a clientes. Consequentemente, o fluxo de caixa líquido antes do financiamento a clientes totalizou € -216 milhões (resultado no mesmo período em 2005: € 1,477 milhões). Ao final de junho de 2006, a posição de caixa estava em € 5.3 bilhões (no final de dezembro de 2005: € 5.5 bilhões).

Nos primeiros seis meses de 2006 o total de encomendas da EADS totalizava € 14.2 bilhões (resultado no mesmo período em 2005: € 25.4 bilhões). A Airbus recebeu menos pedidos comparado com o mesmo período de 2005, quando o fabricante de aeronaves teve um recorde histórico anual. Apesar disso as encomendas do Grupo foram beneficiadas com uma grande encomenda nas divisões Espaço e Eurocopter. As duas divisões atingiram resultados destacados graças a várias encomendas de satélites e o enorme crescimento no negócio de helicópteros leves.

No final de Junho as encomendas da EADS totalizavam € 234.5 bilhões (em dezembro de 2005: € 253.2 bilhões). As contribuições das atividades com aeronaves comerciais são baseadas em preços de tabela. As encomendas decresceram em comparação a dezembro de 2005, principalmente devido ao impacto de € 12 bilhões decorrente de uma taxa €/US$ menos favorável. As encomendas de defesa do Grupo ficaram em € 51.1 bilhões no dia 30 de junho de 2006 (em 31 de dezembro de 2005: € 52.4 bilhões).

Com base nas conquistas do primeiro semestre e nos negócios gerados na feira aeronáutica de Farnborough, a EADS espera uma forte atividade comercial no restante do ano de 2006. Este saudável mercado representa a base para a melhoria das expectativas da EADS em relação às entregas da Airbus, agora estabelecidas em 430 aeronaves em 2006, com um faturamento superior a € 37 bilhões para o ano, e isso confirma um crescimento adicional nos próximos anos.

Os lucros da EADS no primeiro semestre estão consistentes com um EBIT* anual de aproximadamente € 3.2 bilhões, e um lucro por ação de aproximadamente € 2.35 (considerando que a taxa do dólar dos EUA ao final do ano seja similar à de 2005) num patamar inferior às previsões iniciais da EADS. Esta previsão, incorporando muitas mudanças desde maio último, considera os efeitos financeiros do cronograma de entregas revisto para o A380 e assume custos para a venda parcial da EADS Sogerma Services.

Ao longo do ano, certos tópicos poderão afetar esta previsão. A EADS espera que em função do lançamento industrial da família de aeronaves A350 XWB o Grupo tenha que lidar com os custos e benefícios relacionados a contratos já firmados para o A350, o que poderá resultar em custos não previstos. Além disso, a revisão da EADS para o programa A380 no que se refere aos cronogramas de engenharia, desenvolvimento e montagem, incluindo possíveis conseqüências sobre outros programas, também poderá levar ao reconhecimento de despesas adicionais. Paralelamente, a administração da Airbus está empenhada em atacar os desafios representados pela desvalorização do dólar norte-americano e lançar as bases de uma estrutura sólida para desenvolvimento futuro, e já está se preparando para divulgar um programa de competitividade com esse objetivo. Finalmente, o resultado da reestruturação da EADS Sogerma Services, envolvendo garantias e pacotes sociais, ainda não terminou.

A EADS espera que o fluxo de caixa líquido antes do financiamento a clientes seja positivo para o exercício de 2006.

FONTE: Aviação Brasil – Assessoria de Imprensa – São Paulo/SP

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