A reforma da pista auxiliar do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, corre o risco de ser adiada pela terceira vez. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) apresenta nesta quarta-feira, 10, durante audiência pública sobre a obra, uma proposta para que o início dos trabalhos seja transferido de 1º para 27 de fevereiro. O objetivo das companhias é evitar que o remanejamento de vôos – imprescindível nesse caso – coincida com o período de alta temporada e com o carnaval.

Outro ponto que promete causar polêmica é o porcentual de vôos a serem remanejados. Hoje, Congonhas opera com média de 48 movimentos (pousos e decolagens) por hora. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo, órgão vinculado ao Comando da Aeronáutica responsável pelo controle do tráfego aéreo na Região Sudeste, recomendam, no máximo, 37 movimentos por hora durante os quatro meses de reforma – 7 deles destinados aos aviões executivos. A proposta reacendeu a disputa entre a aviação geral e comercial pelos slots (espaços para pousos e decolagens) de Congonhas.

Membros do Snea adiantaram que são contrários à sugestão da Anac e da Aeronáutica e irão propor amanhã uma nova divisão. Já a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag) reivindica a extensão, em uma hora, do horário de funcionamento do aeroporto. Pede ainda que eventuais ganhos de produtividade com a reforma sejam repartidos igualmente entre a avião geral e a comercial.

Devem participar da audiência pública na tarde desta quarta representantes da prefeitura de São Paulo, do governo do Estado, do comando da Aeronáutica, associações, sindicatos e organizações não-governamentais, além das companhias aéreas que operam no local.

FONTE: O Estado de São Paulo – Beth Moreira e Bruno Tavares – São Paulo/SP

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