“A Lufthansa se preparou e se mantém sob condições dificílimas num ambiente altamente competitivo. Devemos isso a todos os funcionários do grupo. Mesmo assim, não podemos nos dar por satisfeitos com o atual resultado”, disse Stephan Gemkow, membro da diretoria da Deutsche Lufthansa AG e diretor financeiro, por ocasião da apresentação dos dados do semestre.

Wolfgang Mayrhuber, presidente da Deutsche Lufthansa AG, observou quanto ao desenvolvimento econômico de cada uma das áreas de negócios do grupo: “Os números não mentem – crises sempre mostram claramente onde estão os pontos fracos e nós os identificamos e enfrentamos. Pois nossa empresa só poderá repetir no longo prazo os sucessos anteriores e se impor em seu meio se solidificarmos nossas estruturas para o futuro.”
Segundo ele, no primeiro semestre, o grupo Passage Airline foi o mais atingido pelo retrocesso da demanda, registrando receitas do tráfego sensivelmente menores e um resultado operacional bem aquém do ano anterior. A fim de enfrentar o desenvolvimento negativo do negócio principal, foi criado o programa de garantia de resultado “CLIMB 2011” para a Lufthansa Passage, cujo objetivo é melhorar de forma sustentável o resultado da Lufthansa Passage em um bilhão de euros até final de 2011. O foco, nesse caso, são os custos. Gemkow disse que as medidas do programa continuarão sendo concretizadas e realizadas nas próximas semanas.

A área de negócios de logística também registrou uma sensível queda no faturamento e perdas operacionais. Em consequência, acelerou ainda mais as medidas de garantia de resultado, reduzindo, p.ex., em 30% a oferta de espaço em cargueiros e em 25% os horários de trabalho no segundo trimestre.

Apesar das dificílimas circunstâncias, a Lufthansa Technik foi a única empresa do grupo a registrar um aumento no faturamento. O resultado operacional, no entanto, foi menor que o do mesmo período do ano anterior, o que se deve principalmente à pressão cada vez maior de preços, a ajustes individuais de valor sobre créditos assim como a perdas cambiais na data-base da avaliação cambial. As medidas de garantia de resultado também foram aceleradas na área de negócios de TI. Redução do número de funcionários externos pela metade, de horas extras e de 30% nos custos administrativos são as medidas tomadas para enfrentar o retrocesso do faturamento e do resultado.

O faturamento e o total de receitas também diminuíram na área de negócios de catering. Os programas “Performance 2009” e “Upgradeplus” foram criados para garantir o lucro operacional do exercício em curso e a construção de uma estrutura empresarial competitiva sustentável nesta área de negócios.

“A Lufthansa é uma empresa forte, Lufthansa e SWISS estão entre as melhores empresas aéreas do mundo. Estamos firmemente decididos a continuar entre os melhores – mesmo em meio à crise e à sensível mudança da concorrência. Para conseguir isto, estamos agindo agora”, enfatizou Stephan Gemkow.

Ele acrescentou que o grupo continua em movimento apesar do ambiente desafiador que também faz prever uma sensível redução do faturamento para o exercício de 2009. Apesar das circunstâncias difíceis e dos efeitos negativos sobre o resultado devido às novas empresas aéreas do grupo, as atividades continuam focadas na obtenção de lucro operacional para o ano em curso. Gemkow, porém, chamou a atenção para o fato de que esse objetivo exige a aplicação das medidas de garantia de resultado tão logo se façam necessárias e que, ainda assim, o risco quanto ao futuro desenvolvimento da demanda e dos preços dos combustíveis é grande.

O faturamento do grupo Lufthansa nos primeiros seis meses do ano foi de 10,2 bilhões de euros, 15,2% a menos do que no mesmo período do ano anterior. As receitas do tráfego diminuíram 19,3% para 7,8 bilhões de euros, onde a redução do número de passageiros e carga transportados e das receitas médias por passageiro teve papel decisivo. Ao todo, os rendimentos empresariais do grupo no período analisado diminuíram 10,1%, para 11,6 bilhões de euros.

Os custos empresariais diminuíram 4,8% nos primeiros seis meses do ano, chegando a 11,6 bilhões de euros. A parte decisiva dessa redução cabe aos custos de combustível, 897 milhões de euros menores, o que corresponde a uma redução de 36,6%, tanto no preço como na quantidade. As taxas ficaram 2,5% abaixo do valor do ano anterior.

O resultado operacional do grupo nos primeiros seis meses do ano foi de oito milhões de euros, ou seja, 669 milhões de euros a menos do que no mesmo período do ano anterior. A redução se deve principalmente ao desenvolvimento negativo das áreas de negócios do grupo Passage Airline e de logística. O resultado do grupo é de -216 milhões de euros. No ano anterior, foi de 381 milhões de euros.

A Lufthansa investiu 1,2 bilhão de euros no período em questão. Destes, 898 milhões de euros foram destinados à ampliação e modernização da frota. A venda das cotas-parte restantes da Condor e a quitação dos empréstimos relacionados rendeu 77 milhões de euros. O fluxo de caixa operacional foi de um bilhão de euros e, no final do semestre, o grupo registrou endividamento de crédito líquido de 396 milhões de euros.

FONTE: Aviação Brasil – Assessoria de Imprensa – São Paulo/SP

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