Neste primeiro trimestre de 2007 (Q1), a EADS (sigla no mercado de ações: EAD) produziu um EBIT* de € 89 milhões, incluindo a provisão para a reestruturação da Airbus em relação ao programa Power8. Apresentado em detalhes no final de fevereiro, o Power8 engloba medidas severas para levar a Airbus, mais uma vez, à liderança do mercado. No primeiro trimestre de 2007, o alto índice de entregas foi o responsável pelo faturamento de € 9 bilhões.

O faturamento praticamente permaneceu estável em € 9 bilhões (Q1 2006: € 9,1 bilhões). A Airbus entregou 115 aeronaves (Q1 2006: 101) e aumentou seu faturamento, o mesmo acontecendo com a EADS Astrium e a Eurocopter. O faturamento do Grupo foi afetado por uma redução nos marcos atingidos pelo programa A400M em relação ao primeiro trimestre de 2006 e também pelo impacto negativo do dólar norte-americano.

O EBIT* do Grupo caiu para € 89 milhões no primeiro trimestre de 2007 (Q1 2006: € 791 milhões). O EBIT* foi afetado principalmente pela provisão para a reestruturação da Airbus no valor de € 688 milhões relacionada ao Power8, pelos custos de apoio ao programa do A380 e pela redução de elementos positivos não recorrentes em 2006. A Eurocopter aumentou sua contribuição no EBIT* e a EADS Astrium mostrou benefícios contínuos de sua bem-sucedida reestruturação. Além disso, a EADS Sogerma, agora reestruturada, apresentou um EBIT* positivo.

O Grupo registrou uma perda líquida de € – 10 milhões (lucro líquido do Q1 de 2006: € 522 milhões), ou € – 0,01 por ação (valor por ação no Q1 de 2006: € 0,66), que está de acordo com o desenvolvimento do EBIT* do Grupo.

No primeiro trimestre de 2007, o autofinanciamento de despesas em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) chegou a € 550 milhões (Q1: € 536 milhões). O ligeiro aumento resultou da continuação de programas de desenvolvimento da Airbus e de uma ampliação dos esforços em Pesquisa & Tecnologia (P&T) do Grupo.

O fluxo de caixa livre incluindo o financiamento a clientes caiu para € – 815 milhões (Q1 2006: € 363 milhões), refletindo o desenvolvimento desfavorável do capital circulante, principalmente na Airbus. Os estoques aumentaram nas divisões e foram feitos pagamentos mais altos do que no ano passado. A deterioração do fluxo de caixa livre é também explicada pelo menor efeito da venda de ativos de financiamentos a clientes feita pela Airbus. O fluxo de caixa livre, antes do financiamento ao consumidor, acumulou € – 778 milhões (Q1 2006: € – 67 milhões). No final de março de 2007, a posição de caixa líquido permaneceu em € 3,5 bilhões (final de 2006: € 4,2 bilhões).

A demanda permaneceu grande, e mais uma vez, a entrada dos pedidos alcançou € 10,5 bilhões (Q1 2006: € 10,5 bilhões) apesar da fraqueza do dólar norte-americano e do cancelamento de um pedido de A 380 na versão cargueiro. No primeiro trimestre de 2007, a EADS alcançou mais uma vez um índice favorável de entrada de pedidos/faturamento superior a 1, apoiado por uma forte performance comercial da Eurocopter e da divisão de Defesa & Segurança, enquanto as outras divisões tiveram menos pedidos.

No final de março, a carteira de pedidos da EADS permaneceu em € 261,5 bilhões (final de 2006: € 262,8 bilhões), resultado afetado pelo impacto do dólar americano de € -2,5 bilhões. Pedidos relacionados a atividades de aeronaves comerciais estão baseados em preços de lista. Os pedidos em carteira da divisão de Defesa do Grupo também aumentaram e permaneceram em € 54,3 bilhões até 31 de março deste ano (final de 2006: € 52,9 bilhões).

A EADS confirma a previsão para 2007 que foi divulgada em 9 de março deste ano:

De acordo com o seu orçamento interno para 2007, a EADS acredita que seu faturamento passará por um decréscimo de um único dígito (principalmente em razão da previsão da taxa de câmbio €/US$ de 1,30), e seu EBIT* continuará fortemente estável neste ano.

Preparada para trabalhar com o dólar americano estável, o faturamento da Airbus deve permanecer na mesma faixa, baseado nas entregas de 440 a 450 aeronaves que serão realizadas durante o ano, e apesar das contribuições menores do A400M. A Airbus terá outra perda substancial em 2007, atribuída aos encargos relativos à reestruturação do Power8, custos adicionais de desenvolvimento do programa A380, despesas potenciais de lançamento do A350XWB, gastos mais altos com pesquisa e desenvolvimento, bem como o impacto da deterioração da paridade do dólar americano frente ao euro.

Enquanto isso, os negócios com helicópteros, defesa e espaço devem registrar faturamentos estáveis, e podem, coletivamente, aumentar suas contribuição para um EBIT* combinado previsto para cerca de € 1 bilhão ainda em 2007.

A contribuição do fluxo de caixa livre da Airbus em 2007 poderá levar o fluxo de caixa do Grupo para € -1 bilhão. Entretanto, a volatilidade dos componentes do capital circulante podem provocar mudanças substanciais nesse cenário.

(*) A EADS utiliza EBIT antes da amortização de valores de fundo de comércio e extraordinários como um indicador chave de seu desempenho econômico. O termo “extraordinários” refere-se itens como despesas de amortização de ajuste relativas à fusão da EADS, ao reagrupamento da Airbus e à formação da MBDA, assim como gastos com prejuízos decorrentes.

FONTE: Aviação Brasil – Assessoria de Imprensa – São Paulo/SP

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