A Rio Sul vai devolver pelo menos 15 aviões para a Embraer. São as aeronaves ERJ 145, que serão substituídas por aviões de porte maior, como Boeing 737-700. A devolução começa em agosto de 2002, quando começam a vencer os contratos de leasing de cada um dos jatos da Embraer.

Além dos ERJ 145, a Rio Sul ainda tem cinco aviões Brasília da Embraer. Se essas aeronaves não forem vendidas para a OceanAir, empresa de táxi-aéreo que pretende se transformar em empresa regular de aviação regional_ no segundo semestre, os Brasília também serão devolvidos para a Embraer.

A Rio Sul já vendeu três Brasília para a OceanAir, do empresário German Efromovich, dono da Marítima, empresa que vende plataformas para a Petrobras, como a P-36, que afundou em 2001.

Mais do que comprar aviões maiores, a devolução de aviões é resultado de uma longa disputa entre a Rio Sul e Embraer pela redução do IPI do leasing dos aviões. Desde o ano passado a empresa ameaçava devolver os aviões caso não conseguisse renegociar as condições dos contratos de leasing dos aviões.

Segundo o presidente da Rio Sul, George Ermakoff, os jatos da Embraer só estão voando hoje graças à liminares obtidas na Justiça que livram a empresa de pagar 10% de IPI para a Receita Federal. O que a empresa queria renegociar é a exclusão da cobrança da parcela do IPI do contrato de leasing.

Também pesa contra o ERJ 145 seu alto custo operacional. Segundo Ermakoff, os jatos estão sendo usados em vôos de curta distância, o que eleva seu custo operacional. O ideal, segundo ele, é utilizar os ERJ 145 em rotas um pouco mais longas e dessa forma reduzir o custo de operação da aeronave.

FONTE: Folha de São Paulo – Redação – São Paulo/SP

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