Durante encontro nacional de agências de viagens realizado ontem, o presidente da Varig, Omar Carneiro da Cunha, disse que a portuguesa de aviação TAP quer exclusividade na negociação com a Varig. Ele não chegou a esclarecer, contudo, como isso será possível apesar de a legislação brasileira limitar a 20% a participação de estrangeiros no capital de empresas de aviação. O executivo disse que, além dos portugueses e do fundo Matlin Patterson , a aérea OceanAir, do empresário German Efromovich, formalizou interesse em participar do projeto.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) somente garantiu participação, por enquanto, na primeira fase do plano de reestruturação da Varig , que prevê a venda das subsidiárias VarigLog e Varig Engenharia e Manutenção (VEM). O presidente do banco, Guido Mantega, informou que já está sendo criada uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) para efetivar, em menos de 30 dias, o negócio. Depois, outra SPE terá de ser criada para ficar com os ativos da Varig, mas ainda não é certo que o BNDES esteja na segunda fase.

“Desde que os credores se entendam, o banco pode entrar na segunda etapa, mas o BNDES não é ambulância, ou pronto-socorro, tampouco faz milagre. Não cabe a nós tomar a decisão: a responsabilidade é do conselho da empresa”, afirmou Mantega, deixando claro que o banco participará como financiador das empresas interessadas na compra da VarigLog e da VEM que, segundo ele, estão cotadas em torno de US$ 70 milhões. Nesta primeira etapa, a SPE fará o depósito, nos Estados Unidos, do dinheiro necessário para saldar o débito com empresas de leasing estimado em R$ 62 milhões, e tentar impedir o arresto de 20 a 40 aeronaves.

FONTE: DCI – Diário Comércio e Indústria – DCI – São Paulo/SP

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