A UAL Corporation, empresa holding que tem a United Airlines como principal subsidiária, anunciou hoje, dia 22 de abril, que teve um prejuízo antes do pagamento de impostos de US$ 542 milhões no primeiro trimestre do ano, encerrado no dia 31 de março de 2008. O prejuízo supera em US$ 305 milhões o ocorrido no primeiro trimestre do ano anterior e foi motivado, principalmente, por um aumento de US$ 618 milhões nas despesas com combustíveis no período.

No primeiro trimestre, a renda da unidade principal de passageiros da empresa aumentou 8,7% com relação ao ano anterior, resultado obtido especialmente por meio da manutenção da disciplina na oferta e o forte gerenciamento da margem de receita.

O custo por assento-quilômetro oferecido (CASK) da unidade principal, excluídas as despesas com combustíveis e itens especiais, aumentou 2,4% com relação a 2007. Computados esses custos, o aumento foi de 15,9%, refletindo uma alta de 50% nos preços dos combustíveis.

A empresa melhorou a posição de seu débito no período, com uma redução de US$ 195 milhões na dívida. A UAL encerrou o trimestre tendo à disposição, à vista e em investimentos de curto prazo, US$ 2,9 bilhões, mais US$ 0,7 bilhão em caixa, mas com restrições.

Foi anunciado um plano para reduzir as despesas não ligadas a combustíveis em 2008 em mais US$ 200 milhões. As despesas de capital serão reduzidas também em US$ 200 milhões.

Foram tomadas medidas para uma redução de aproximadamente 9% na oferta doméstica da unidade principal com relação ao quarto trimestre de 2007, quando já houve uma redução de 5%. A empresa anunciou também que pretende eliminar 30 aviões de sua frota operacional, entre 10 e 15 a mais do que uma redução anunciada inicialmente em março.

Progressos fundamentais encobertos pela alta dos preços dos combustíveis

Os resultados líquidos, antes do pagamento de impostos e operacionais da empresa, foram todos significantemente inferiores aos do mesmo período do ano anterior, primariamente devido a um aumento de US$ 618 milhões nas despesas com combustíveis. A empresa teve um prejuízo operacional de US$ 441 milhões no primeiro trimestre de 2008, contra um prejuízo de US$ 92 milhões no mesmo período de 2007. O prejuízo líquido da empresa no primeiro trimestre de 2008 foi de US$ 537 milhões, US$ 385 milhões a mais do que no mesmo período de 2007, quando a empresa recebeu um crédito de US$ 84 milhões referente a impostos. .

Apesar de a empresa ter obtido um forte crescimento na receita, ficando neste campo entre as melhores do setor, o aumento de 7,7% na receita, de ano para ano, foi insuficiente para compensar um aumento médio de 50% nos preços dos combustíveis.

O presidente, presidente do Conselho e CEO da United, Glenn Tilton, declarou: “O caminho para a lucratividade sustentável exige que reformemos substancialmente todos os aspectos de nossa operação. A consolidação é apenas uma das muitas mudanças necessárias e deve vir acompanhada de disciplina na capacidade, novas fontes de renda e a eliminação de recursos que não geram um retorno suficiente, especialmente no ambiente atual. A pressão dos altos preços dos combustíveis e a economia enfraquecida representam um chamado de alerta de que o ritmo da mudança precisa ser acelerado”.

Medidas para compensar a alta dos preços dos combustíveis

A empresa continua a reduzir sua oferta no mercado doméstico. No quarto trimestre de 2008, a oferta da unidade principal de passageiros será aproximadamente 9% menor do que a do fim do ano passado. Essa redução se soma a um corte de 5% no quarto trimestre de 2007.

A empresa retirará permanentemente 30 aviões de fuselagem estreita de suas operações, de 10 a 15 aviões a mais do que o anunciado anteriormente, em março. Os aviões a serem retirados incluem alguns dos mais antigos e menos eficientes no uso dos combustíveis da frota da empresa.

A empresa continua a tomar medidas para transferir as altas dos preços de seus insumos aos clientes. Além disso, a empresa busca novas fontes de renda, incluindo a oferta de serviços à la carte e ampliando as opções de escolha de seus clientes. Os programas de merchandising como a Economy Plus e a Premium Cabin tiveram enorme sucesso e a empresa está levando adiante medidas como a cobrança de US$ 25 dólares pelo transporte de uma segunda peça de bagagem por passageiro, anunciada em fevereiro.

A United também está ampliando o programa de redução de custos para 2008. A nova meta para a redução de despesas não ligadas a combustíveis é de US$ 200 milhões, a serem somados aos US$ 200 milhões anunciados anteriormente, para um total de US$ 400 milhões. A empresa também está configurando melhor as funções operacionais e corporativas, para melhor adaptar sua força de trabalho ao volume de negócios. A companhia espera reduzir sua força de trabalho em 1.100 vagas até o fim do ano.

As despesas de capital em 2008, planejadas anteriormente em US$ 650 milhões, deverão ser reduzidas em US$ 200 milhões.

O vice-presidente e CFO Jake Brace comentou: “Continuamos a manter o foco no fluxo de caixa e, com reservas de mais de US$ 3 bilhões, estamos bem posicionados para enfrentar os próximos desafios. Estamos, de maneira responsável, reduzindo nossa frota e eliminando aviões menos eficientes, que não são mais lucrativos no atual ambiente de preços de combustíveis”.

FONTE: Aviação Brasil – Assessoria de Imprensa – São Paulo/SP

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