Airbus consolida sua liderança de mercado na América Latina

Foto: Alexandre Barros

A Airbus consolidou sua liderança de mercado na América Latina em 2017, registrando encomendas para 209 aeronaves e quebrando o seu recorde anterior de 100 encomendas atingido não apenas em 2015, mas também em 2011 e 2012. Isso reflete a crescente importância da região para a Airbus, conforme afirmou o Presidente da Airbus América Latina e Caribe Rafael Alonso em uma coletiva de imprensa no FIDAE Air Show, durante a qual apresentou a Previsão Global do Mercado (GMF) da Airbus América Latina para 2017-2036.

O GMF da América Latina, inicialmente apresentado no ALTA Airline Leaders Forum em Buenos Aires no ano passado, previu a necessidade de as operadoras da região adquirirem 2.677 novas aeronaves de passageiros e de carga para atender à crescente demanda. Entre os fatores que impulsionam essa demanda estão o tráfego de passageiros para, de e dentro da região – previsto para crescer a uma taxa de 4,4 por cento ao ano – bem como a classe média da região – que deverá aumentar para meio bilhão de pessoas até 2036. A economia da América Latina é também um indicador chave de crescimento, com previsão para aumentar três por cento ao ano, uma taxa média que está acima da taxa mundial de 2,8 por cento.

“Para a Airbus, não consideramos mais a América Latina e o Caribe um ‘mercado emergente’ para a aviação. Ele já emergiu. Isso fica claro com base no crescente valor das encomendas que estamos recebendo de alguns dos promissores players da região, como JetSmart, Viva Air e Volaris. Além disso, vemos o ressurgimento econômico de mercados chave, assim como uma sólida previsão de crescimento do PIB e uma classe média em expansão, indicadores fundamentais que apontam para uma perspectiva extremamente positiva no longo prazo para a região”, disse Rafael Alonso. “Estamos igualmente otimistas com relação ao Chile, onde o crescimento econômico deverá superar o da região e o mundial. O tráfego doméstico em rápido crescimento que veremos ressalta a oportunidade para as operadoras do país expandirem suas frotas e rotas”.

De acordo com o último GMF, as frotas que atendem o Chile mais que dobrarão, necessitando 270 aeronaves nos próximos 20 anos. Essa demanda de mercado está sendo impulsionada pela economia do país, que deverá aumentar 3,6 por cento ao ano, e uma aceleração do tráfego internacional e doméstico com destino ou saída do Chile, que deverá crescer 4,9 por cento ao ano. Assim, a propensão dos chilenos a viajar também dobrará, de 0,6 viagens per capita hoje para 1,3 nas próximas duas décadas.

Até 2036, o número total de megacidades da aviação aumentará de 58 para 95, e as atuais megacidades regionais de Bogotá, Buenos Aires, Lima, Cidade do México, Santiago e São Paulo terão a companhia de Cancún, Cidade do Panamá e Rio de Janeiro. Essas nove megacidades serão responsáveis ​​por 150 mil passageiros de longa distância, diariamente.

A mais que duplicação da frota comercial nos próximos 20 anos trará a necessidade de 49.130 novos pilotos e 53.800 novos engenheiros de manutenção, oferecendo uma oportunidade de crescimento para os postos avançados de serviços ao cliente da Airbus. Somente nos últimos três anos, a Airbus expandiu sua rede global de locais de treinamento de cinco para 16, sendo dois deles na América Latina – o Centro de Treinamento da Airbus Cidade do México foi inaugurado em 2015 e o Centro de Treinamento da Airbus do Brasil abriu em 2016.

Com quase 1,2 mil aeronaves vendidas e uma carteira de encomendas de mais de 600, cerca de 680 aeronaves da Airbus estão em operação em toda a América Latina e Caribe, representando uma participação de mercado de 55 por cento da frota em serviço. Desde 1994, a Airbus recebeu mais de 65 por cento das encomendas líquidas da região.

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