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Foi oficialmente lançada na última semana, em São Paulo, a Abesata (Associação das Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo). A entidade nasce com cinco sócios fundadores e busca a representatividade de um segmento que é essencial para a aviação no país, mas nem sempre é visto desta forma pelas autoridades do setor e pela iniciativa privada. Os cinco sócios fundadores são Orbital, ProAir, RM, Swissport e Vit Solo. Essas empresas detêm juntas 85% do mercado de ground handling service.

A Associação é presidida por Ricardo Aparecido Miguel. Especialista em regulação aeronáutica e ex-piloto de companhias aéreas, Miguel foi escolhido pela longa experiência na aviação civil. Bacharel em Ciências Aeronáuticas e Ciências Jurídicas, trabalhou no antigo DAC (Departamento de Aviação Civil) e na ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).

O projeto de criação da Abesata surgiu há alguns meses, diante da necessidade de ter uma entidade representativa das chamadas Esatas, as empresas auxiliares ao transporte aéreo, junto ao Poder Público e à iniciativa privada. São consideradas empresas auxiliares as que prestam serviço de handling, movimentação, limpeza, atendimento aos passageiros, entre outros. A ata da fundação e o registro da ata aconteceram em agosto e ontem a nova entidade foi apresentada ao mercado, incluindo outras empresas do setor que quiseram conhecer a proposta para se associar ou não.

Entre os principais desafios da nova entidade está elaborar um raio x do setor, que não existe no país, brigar pela desoneração da folha de pagamento que reduz a competitividade das empresas de serviços auxiliares com as companhias aéreas, que adotam, por exemplo, handling próprio. Ao todo, existem no Brasil mais de 230 empresas de serviços auxiliares ao transporte aéreo registradas, sendo que, destas, pouco mais de 20 são atuantes, gerando algo em torno de 30 mil empregos diretos. Todas foram convidadas para o lançamento da Abesata.

“Este era um projeto antigo que nunca decolava, até que vimos que a falta de representatividade estava criando dificuldades para todas as empresas”, disse Ricardo Morrison, da RM. Para Mario Baptista, da ProAir, a Abesata vai permitir que o segmento de serviços auxiliares ao transporte aéreo saia do silêncio em um momento crucial da aviação brasileira, com a privatização dos aeroportos e os grandes eventos que estão por vir.

Paralelamente, a Abesata terá, entre outras atribuições, realizar seminários, cursos, elaborar estudos e trabalhar institucionalmente a importância e a prática dos serviços auxiliares ao transporte aéreo. Buscando inclusive parcerias e acordos que beneficiem todos os associados.