A pista 09L/27R, hoje a pista de decolagens do aeródromo, possuía apenas 2.500 metros de extensão, sendo que atualmente possui 3.700m. Com a diferença de extensão foi possível receber vôos diretos de países da Europa e Estados Unidos, eliminando a escala do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, até então, o principal aeroporto brasileiro que recebia voos do exterior. Também foi possível receber os voos que terminavam em Campinas – Viracopos, que era o caso da Lufthansa, KLM e Swissair.

O Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos foi destinado inicialmente para receber todo o tráfego aéreo nacional operado no aeroporto de Congonhas, vôos a jatos, mais os vôos internacionais do cone-sul (Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai). Pouco depois passou a receber os voos internacionais de longo percurso que operavam em Campinas (Viracopos). Em 1986 operavam as empresas Aerolineas Argentinas (Boeing 727 e 737), Aeroperu (Douglas DC-8), Air France (Boeing 747), British Airways (Lockheed Tristar), Cruzeiro, Ladeco (Boeing 727), Lan Chile (Boeing 707 e Boeing 737), Lineas Aereas Paraguayas (Boeing 707), Lloyde Aereo Boliviano (Boeing 727), Panam (Boeing 747) , Pluna (Boeing 737), TAP Air Portugal (Lockheed Tristar), Transbrasil, Varig e Vasp.

O Aeroporto Internacional de São Paulo (Guarulhos) possui os sistemas ILS CAT I e CAT II. Com isso ele é preparado para uma aproximação de pouso de aeronaves com precisão por instrumentos, em condições restritas de teto e visibilidade, desde que as aeronaves possuam tais equipamentos. Em categoria I (CAT I) é possível realizar pousos com visibilidade entre 800m e 1100m e teto de 200 a 500 pés.Em categoria II (CAT II) é possível realizar pousos com visibilidade entre 400m e 700m e teto de 100 pés. Abaixo dessas condições o Aeroporto está impraticável (fechado), até que seja instalado o sistema CAT III que permite trazer a aeronave com visibilidade zero, para pousos via instrumentos. O ILS (Instrument Landing System) é um sistema que permite à aeronave, desde que possua p instrumento de bordo, orientação segura de alinhamento e ângulo de descida, a aproximação para o pouso. É necessário que a aeronave seja homologada e a tripulação habilitada para este tipo de procedimento.

Desde 2005 estão em andamento obras de complementação revitalização e adequação do sistema de pátios e pistas existentes no aeroporto. Estão incluídas, também, recuperação do sistema de macrodrenagem, implantação do sistema separador água/óleo e revitalização do acesso viário existente.

Em 20 de janeiro de 2010 o Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos comemorou 25 anos de operações. São 140 mil pessoas que circulam diariamente no local, entre passageiros, funcionários e visitantes.

Para atender essa demanda de passageiros e de cargas, a Infraero, empresa que administra o aeroporto desde sua inauguração, em 1985, planeja todos os processos de modernização e ampliação da sua infra-estrutura.

Atualmente o Aeroporto de Guarulhos opera com dois terminais. São 44 empresas aéreas nacionais e internacionais, regulares, cargueiras e charters que utilizam o aeroporto e outras duas devem chegar, Puma Air e Qatar Airways.

Mais de 40 diferentes modelos de aeronaves utilizam as duas pistas do aeroporto, uma com 3.700 metros e outra de 3 mil metros de extensão, que recebem, em média diária, 475 operações de pouso e decolagem .

De Guarulhos partem e chegam vôos procedentes e com destino a 26 países e 117 cidades nacionais e estrangeiras. A rede comercial dos terminais de passageiros é formada por 177 pontos comerciais.

No setor de carga aérea internacional, a Infraero dispõe do maior terminal de logística da América do Sul com área de 93.216 metros quadrados, contando com serviços de recepção, despaletização, unitização, movimentação e armazenagem de mercadorias oriundas dos setores de importação e exportação.

No ambiente de carga estão disponibilizadas nove câmaras frigoríficas com capacidade de armazenagem de 3.400 metros cúbicos; sistema de armazenagem automatizada realizada por transelevadores com mais de 8 mil posições; seis envelopadoras, instrumentos leitores óticos de código de barras, transferidores auto-propelidos, scanners, entre outros equipamentos.

As empresas instaladas na comunidade aeroportuária empregam um total de 25,5 mil profissionais que mantêm o perfeito funcionamento desta importante infra-estrutura, durante 24 horas por dia.

No planejamento de ampliação do aeroporto consta a construção do terceiro terminal que ampliará a capacidade de atendimento do aeroporto de 17 para 29 milhões de passageiros/ano. Em 2007 o aeroporto teve sua capacidade atual ultrapassada e desde então opera além de suas condições previstas. Se a demanda continuar a crescer nos ritmos atuais, em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, Guarulhos já terá 29 milhões de passageiros/ano, isto ainda sem o novo e aguardado Terminal 3.

Segundo a Infraero, a expectativa é que num prazo de um ano fosse concluído o projeto executivo para a construção do terceiro terminal. Este prazo vence no próximo mês de abril de 2010. O terminal irá concentrar as operações internacionais e terá capacidade para movimentar até 13 milhões de passageiros por ano, visto os 8,5 milhões de passageiros internacionais, e deverão ser concluídas em 2014.

FONTE: Aviação Brasil – Alexandre Barros (redação) – São Paulo/SP

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